O nome deriva do planeta Mercúrio e seu símbolo do Latim Hydragyrum, que significa prata líquida. É conhecido desde os primórdios da civilização. É obtido atualmente pelo mesmo método utilizado pelos alquimistas. O cinábrio, sulfeto de mercúrio, é aquecido ao ar e se decompõe em mercúrio e SO2. O vapor de mercúrio é condensado e recolhido. Seus compostos foram utilizados em medicina, mas atualmente foram abandonados devido à toxidez. É um metal que se encontra fundido na temperatura ambiente. Sua cor é branca prateada e brilhante. Reage facilmente com ácido nítrico, mas não se dissolve em HCl. Quando aquecido produz HgO amarelo.
É um líquido prateado que na temperatura normal é metal e inodoro. Não é um bom condutor de calor comparado com outros metais, entretanto é um bom condutor de eletricidade. Estabelece liga metálica facilmente com muitos outros metais como o ouro ou a prata produzindo amálgamas. É insolúvel em água e solúvel em ácido nítrico. Quando a temperatura é aumentada transforma-se em vapores tóxicos e corrosivos mais densos que o ar. É um produto perigoso quando inalado , ingerido ou em contato, causando irritação na pele, olhos e vias respiratórias. É compativel com o ácido nítrico concentrado, acetileno, amoníaco, cloro e com outros ametais.
O mercúrio, está presente em diversas formas (Hg metálico, orgânico, inorgânico) e pode encontrar-se em três estados de oxidação (0, +1, +2), em geral facilmente
interconvertíveis na natureza. Tanto os humanos, como os animais estão expostos a todas as formas através do ambiente.
O mercúrio metálico ou elementar, no estado de oxidação zero (Hg0) existe na forma líquida à temperatura ambiente, é volátil e liberta um gás monoatómico perigoso:
o vapor de mercúrio. Este é estável, podendo permanecer na atmosfera por meses ou até anos, revelando-se, deste modo, muito importante no ciclo do mercúrio, pois pode
sofrer oxidação e formar os outros estados: o mercuroso, Hg+1, quando o átomo de mercúrio perde um elétron e o mercúrico, Hg+2, quando este perde dois elétrons.
Quando se combina com elementos como o cloro, enxofre ou oxigénio, obtêm-se os compostos de mercúrio inorgânico, também designados como sais de mercúrio (sais mercurosos
e mercúricos). Por outro lado, se um átomo de mercúrio se liga covalentemente, a pelo menos um átomo de carbono, dá origem a compostos de mercúrio orgânico (metilmercúrio,
etilmercúrio, fenilmercúrio).
Geralmente quem foi intoxicado pelo vapor do mercúrio pode apresentar sintomas como dor de estômago, diarréia, tremores, depressão, ansiedade, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento na gengiva, insônia, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência. Mas pode contaminar-se também através de ingestão. No sistema nervoso, o produto tem efeitos desastrosos, podendo dar causa a lesões leves e até à vida vegetativa ou à morte, conforme a concentração.