Deivado de Radium (Rádio). Foi descoberto em 1900 por F.E. Dorn em Halle, Alemanha. Também chamado inicialmente de "Emanação de Rádio" ou "Niton". Era obtido como subproduto da decomposição radioativa do Rádio, pela dissolução do Brometo de Rádio (RaBr2) em água ou de bombeamento dos gases produzidos pelo RaF2 sólido para tubos selados. São conhecidos 27 isótopos, sendo o mais estável com meia vida de 3,82 dias. Existe na atmosfera na concentração de 1 parte para 1 x 1021 de ar. É um gás incolor não reativo como os gases nobres, mas foi identificado que reage com o flúor formando fluoreto de radônio.
É um elemento radioactivo e gasoso, enquadrado dentro dos chamados gases nobres. Na forma gasosa é incolor, inodoro e insípido (na forma sólida tem cor avermelhada). Na tabela periódica tem o número 86 e símbolo Rn. A sua massa atómica é de 222, o que implica que por término médio tem 136 neutrões. Igualmente, no estado neutro corresponde-lhe ter o mesmo número de electrões que de protões, isto é, 86.
O rádon tem sido aplicado como fonte de radiação em canceroterapia, oferecendo algumas vantagens sobre o rádio. Utiliza-se também como indicador radioactivo para a detecção de fugas de gases e na medida da velocidade de escoamento de fluidos. Também é utilizado em sismógrafos e como fonte de neutrões.
Quando existe una concentração considerável de rádon no ambiente, este gás incorpora-se aos pulmões por inalação. Esta incorporação supõe uma contaminação radioactiva. As partículas alfa emitidas pelo rádon são altamente ionizantes, mas tem pouco poder de penetração, tão pouco que não são capazes de atravessar a nossa pele ou uma simples mascarilha. No entanto, ao inalar o gás, esse escasso poder de penetração converte-se num problema, já que as partículas não conseguem escapar de nosso corpo, e depositam toda sua energia nele, podendo ocasionar lesões ou patologias de gravidade diversa, de acordo com a quantidade de rádon inalado. É a causa número dois de morte de cancêr de pulmão nos Estados Unidos, apenas atrás do cigarro. É provado, por estudos da EPA - U.S. Environmental Protection Agency, que em torno de 20.000 pessoas morrem por ano por causa desse elemento químico.