Do Alemão Zink, de significado desconhecido. Foi conhecido na China antes de 1500 AC e pelos Gregos e Romanos em ligas de cobre -zinco e bronze. Foi produzido na Índia por volta de 1300 DC por redução do minério calamina com carvão vegetal. Atualmente os minérios são transformados em óxido de zinco, este é reduzido com carvão e o zinco obtido é destilado para purificação. É um metal branco-azulado lustroso de baixo ponto de fusão e muito reativo com ácidos e ao ser aquecido no ar queima produzindo nuvens de óxido (ZnO). Seus sais são brancos e as suas soluções são incolores. É o único metal de transição que forma sulfeto branco (ZnS).
O zinco é um metal, às vezes classificado como metal de transição ainda que estritamente não seja, apresenta semelhanças com o magnésio e o berílio além dos metais do seu grupo.
Este elemento é pouco abundante na crosta terrestre, porém pode ser obtido com facilidade.
É um metal de coloração branca azulada que arde no ar com chama verde azulada. O ar seco não o ataca, porém, na presença de umidade, forma uma capa superficial de óxido ou carbonato
básico que isola o metal e o protege da corrosão.
Praticamente o único estado de oxidação que apresenta é 2+. Reage com ácidos não oxidantes passando para o estado de oxidação 2+ e liberando hidrogênio, e pode dissolver-se em bases
e ácido acético.
O metal apresenta uma grande resistência à deformação plástica a frio que diminui com o aquecimento, obrigando a laminá-lo acima dos 100 °C.
O zinco é empregado na fabricação de ligas metálicas como o latão e bronze, além de ser utilizado na produção de telhas e calhas residenciais. O zinco é, ainda, utilizado como
metal de sacrifício para preservar o ferro da corrosão em algumas estruturas, na produção de pilhas secas e como pigmento em tinta de coloração branca.
As ligas metálicas de zinco foram utilizadas durante séculos - peças de latão datadas de 1000-1400 a.C. foram encontrados na Palestina , e outros objetos com até 87% de zinco
foram achados na antiga região da Transilvânia - devido ao seu baixo ponto de fusão e reatividade química o metal tende a evaporar-se, motivo pelo qual a verdadeira natureza do
zinco não foi comprendida pelos antigos.
Se sabe que a fabricação do latão era conhecida pelos romanos desde 30 a.C. Plinio e Dioscórides descrevem a obtenção de aurichalcum ( latão ) pelo aquecimento num cadinho de uma
mistura de cadmia ( calamina ) com cobre. O latão obtido é posteriormente fundido ou forjado para fabricar objetos.
A fusão e extração de zinco impuro já era efetuda no ano 1.000 na Índia - na obra Rasarnava (c. 1200) de autor desconhecido o procedimento foi descrito - e posteriormente na China.
Em 1597 Andreas Libavius descreve uma peculiar classe de estanho que havia sido preparada na India que tinha recebido em pequenas quantidades através de um amigo; deduziu que
se tratava do zinco mesmo não chegando a reconhecê-lo como o metal procedente da calamina.
No ocidente, em 1248, Alberto Magno descreve a fabricação do latão na Europa. No século XVI já se conhecia a existância do metal. Agrícola observou em 1546 que formava-se um metal
branco prateado condensado nas paredes dos fornos nos quais se fundiam minerais de zinco, adicionando em sua notas que um metal similar denominado zincum era produzido na Silésia.
Paracelso foi o primeiro a sugerir que o zincum era um novo metal e que suas propriedades diferiam dos metais conhecidos, sem dar nenhuma indicação sobre a sua origem; nos escritos
de Basilio Valentino são encontrados também menções sobre o zincum. Em tratados posteriores são frequentes as referências ao zinco, com diferentes nomes, se referindo geralmente ao
mineral e não ao metal livre, e muitas vezes confundido com o bismuto.
Johann Kunkel em 1677 e pouco mais tarde Stahl em 1702 indicam que ao preparar o latão com o cobre e a calamina, esta última se reduz previamente em zinco livre, que foi isolado
posteriormente pelo químico Anton von Swab em 1742 e por Andreas Marggraf em 1746, cujo exaustivo e metódico trabalho Sobre o método de extração do zinco de um mineral verdadeiro,
a calamina sedimentou a metalurgia do zinco e sua reputação como descobridor do metal.
Em 1743 foi fundado em Bristol o primeiro estabelecimento para a fundição do metal em escala industrial, porém, o procedimento ficou em segredo. Setenta anos depois Daniel Dony
desenvolveu um procedimento industrial para a extração do metal, construindo-se a primeira fábrica no continente Europeu.
Após o desenvolvimento da técnica de flotação do sulfeto de zinco se desprezou a calamina como fonte principal de obtenção do zinco. O método de flotação, atualmente, é empregado
para a obtenção de vários metais.