O nome é derivado do Persa Zargun que descreve a cor da gema agora conhecida como Zircão ou Jargon. Foi descoberto por M.H. Klaproth em 1789 em Berlim mas somente foi isolado na forma impura por J.J. Berzelius em 1824 após a redução do fluorzirconato de potássio com potássio metálico. Atualmente é obtido na forma de esponja pela redução do ZrCl4 com magnésio metálico (Processo Kroll). É um metal de cor cinza claro com brilho lustroso. Pode entrar em ignição espontaneamente quando em pó muito fino, especialmente em alta temperatura. Bastante resistente ao ataque de ácido, com exceção do HF. A cor de seus sais é branca e a sua solução é incolor.
É utilizado principalmente ( em torno de 90% do consumo ) como revestimento de reatores nucleares, devido a sua secção de capturas de neutrons ser muito baixa. Se utiliza como
aditivo em aços obtendo-se materiais muito resistentes. Também é empregado em ligas com o níquel na indústria química devido a sua resistência diante de substâncias corrosivas.
Devido às sua resistência à corrosão está a ser usado como substituto do Crómio Hexavalente nas linhas de Tratamento de Superficie de Alumínio.
O óxido de zircônio impuro se emprega para fabricar utensílios de laboratório que suportam mudanças bruscas de temperaturas, revestimentos de fornos e como material refratário em
indústrias cerâmicas e de vidro. É um metal bastante tolerado pelos tecidos humanos, por isso pode ser usado para a fabricação de articulações artificiais. Também é empregado em
trocadores de calor, tubos de vácuo e filamentos de lâmpadas. Alguns de seus sais são empregados para a a fabricação de antitranspirantes. Pode ser usado como agente incendiário
para fins militares. A liga com o nióbio apresenta supercondutividade a baixas temperaturas, podendo ser empregado para construir imãs supercondutores. Por outro lado, a liga com
zinco é magnética abaixo de 35 K. O óxido de zircônio se usa em joalheria; é uma gema artificial denominada zirconita que imita o diamante.